sábado, 28 de março de 2009

Atividade 3c- Reflexões sobre o trabalho

Foram analisadas quatro fontes diferentes sobre o tema trabalho: um decreto-lei, uma definição física, uma obra de Portinari e uma canção de Chico Buarque.
A primeira fonte, de caráter mais formal que as outras, relata sobre o salário mínimo, direito conquistado para os trabalhadores. Esse salário abrange as necessidades básicas de um adulto. É uma lei fácil de ler e ser entendida. Infelizmente, partes da lei eferentes a direitos de menores aprendizes e trabalhadores insalubres foram revogadas. Apesar de ser uma lei, o que normalmente sugere uma leitura mais cansativa, achei a leitura e compreensão simples.
A segunda fonte trata de uma definição de trabalho no campo da física, suas variáveis e seus determinantes. Acredito que essa fonte se relacione um pouco com a minha área de estudo, a biologia. No meu curso, vemos que na natureza tudo é baseado no benefício que adaptações e mecanismos terão para um organismo, menos o seu custo. Um organismo nunca realizará um trabalho em que o custo seja muito maior que o benefício. Durante a evolução das espécies, muitas estratégias que parecem ser muito onerosas para um ser vivo mostram-se as mais vantajosas. Por exemplo, os pavões produzem penas muito grandes, coloridas e chamativas. Alem de toda a energia a mais necessária para a produção dessas penas, o animal fica mais visível para predadores (pois é necessária uma força maior para o deslocamento quando se tem penas maiores e mais pesadas). Porém, estudos mostram que pavões com penas menos coloridas e menores têm menor chance de reprodução, pois a fêmea entende isso como sinal de doença. Portanto, o excedente de trabalho necessário é vantajoso para o animal. Essa leitura para mim foi a mais difícil, a menos interessante (por ter muitos conceitos), porém muito relacionada com a minha área.
As duas últimas fontes (a obra de Portinari e a canção de Chico Buarque) eu prefiro tratar juntas, pois achei que a forma como o trabalho é tratado em ambas é muito parecido. Nessas duas fontes e mostrado a exploração do trabalho. No quadro de Portinari, são mostrados vários empregados fazendo colheita e carregando sacos de café, e na canção de Chico Buarque aparece o cotidiano de um trabalhador da construção civil, até a sua morte. Em ambos aparece o descaso com a pessoa que está realizando o trabalho, como se ela fosse apenas mais uma engrenagem. Na música de Chico Buarque, as pessoas só se dão conta do trabalhador quando ele morre, e não dão importância à pessoa que está morta, mas sim à perturbação que esse fato causa no trânsito, no dia-a-dia da cidade. Relacionando essas duas fontes à biologia, vejo esses trabalhadores como qualquer ecossistema, como qualquer parte de um ser vivo. É necessária uma interação de todos os seres em um ecossistema, ou de todas as células em um ser vivo para que tudo funcione normalmente. Não costumamos dar muito valor a isso, até que ocorre um desequilíbrio, e vemos a falta que uma peça pode fazer para o funcionamento.Gostaria que fosse diferente com trabalhadores, pois não estamos falando de simples peças ou partes, e sim de pessoas com desejos, com sonhos, porém a realidade e as fontes mostram o opostos, mostram a desumanização de trabalhadores.

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